quarta-feira, 9 de setembro de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
i'll say it now
se há música que me ensandece e só me apetece gritar-e-saltar-e-estar-viva-é-o-melhor-de-sempre-e-é-tudo-tão-lindo-e-as-flores-são-tão-bonitas-e-as-pessoas-são-tão-espetaculares-e-o-sporting-é-campeão-e-é-primavera-365-dias-por-ano-e-os-tool-e-os pearl-jam-vêm-a-portugal-todos-os-anos-e-tenho-a-conta-bancária-sempre-a-abarrotar-e-os-gelados-emagrecem-e-adoro-ir-trabalhar-cinco-dias-por-semana-e-adoro-acordar-às-6h-da-manhã-nesses-dias-e-o-meu-chefe-é-um-amor-de-pessoa-e-só-me-cruzo-com-gajos-giros-a-toda-a-hora e e e... essa música será esta então.
WHEN PERSONALITY IS SCARRED TISSUE
WE TRAVEL SOUTH IF IT'S USE
I'M SUBTLE LIKE A LION'S CAGE
SUCH A CAUTIOUS DISPLAY
REMEMBER, TAKE HOLD OF YOUR TIME HERE
GIVE SOME MEANINGS TO THE MEANS
TO YOUR END
NOT EVEN JAIL
WHEN PERSONALITY IS SCARRED TISSUE
WE TRAVEL SOUTH IF IT'S USE
I'M SUBTLE LIKE A LION'S CAGE
SUCH A CAUTIOUS DISPLAY
REMEMBER, TAKE HOLD OF YOUR TIME HERE
GIVE SOME MEANINGS TO THE MEANS
TO YOUR END
NOT EVEN JAIL
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Saturn Return
Estava eu entretida a ler uma edição especial da Revolver que saiu há uns meses sobre os Tool e a dada altura, a propósito do processo de criação das letras do Lateralus, o Maynard J. Keenan diz: "On the previous album, we had gone through that whole transformation, what some refer to as the Saturn Return - your 28th or 29th year, when you're given the opportunity to transform from whatever your hangups were before and to let the light of knowledge and experience lighten your loads, so to speak and let go of old patterns and embrace a new life. (...) You kind of sink or swim at that point."
E foi na sequência disto que o Lateralus ganhou forma.
Ora:
Saturn comes back around to show you everything
Let's you choose what you will not see and then
Drags you down like a stone or lifts you up again
Spits you out like a child, light and innocent.
Saturn comes back around.
Lifts you up like a child or drags you down like a stone
To consume you till you choose to let this go.
As pessoas que me conhecem (e há umas quantas a levar com este assunto constantemente lol) sabem o quanto esta banda tem sido importante na minha vida no último ano, mais coisa menos coisa. Surgiram numa altura que fez todo o sentido porque foi quando me comecei a abrir a muitas coisas que antes desconhecia. Coincidiu com uma consciência séria que comecei a ter sobre o que significa estar vivo, o que andamos aqui a fazer, o que existe para além de tudo isto. E a importância que isso tem e o quanto dá sentido ao tempo que aqui estamos.
E acho que esta música, em particular, faz-me dar conta que ao contrário do que a sociedade, em geral, pensa sobre envelhecer e o peso que isso vai deixando numa pessoa, o caminho é sempre a subir e não faz qualquer sentido resistir-se a algo que feito com consciência é a melhor coisa que nos pode acontecer. E há sempre a possibilidade de pegar em tudo o que já fomos e nos reinventarmos com outro tipo de sabedoria. É tudo uma questão de optar por evoluir ou não. É sink or swim, autenticamente.
E foi na sequência disto que o Lateralus ganhou forma.
Ora:
Saturn comes back around to show you everything
Let's you choose what you will not see and then
Drags you down like a stone or lifts you up again
Spits you out like a child, light and innocent.
Saturn comes back around.
Lifts you up like a child or drags you down like a stone
To consume you till you choose to let this go.
As pessoas que me conhecem (e há umas quantas a levar com este assunto constantemente lol) sabem o quanto esta banda tem sido importante na minha vida no último ano, mais coisa menos coisa. Surgiram numa altura que fez todo o sentido porque foi quando me comecei a abrir a muitas coisas que antes desconhecia. Coincidiu com uma consciência séria que comecei a ter sobre o que significa estar vivo, o que andamos aqui a fazer, o que existe para além de tudo isto. E a importância que isso tem e o quanto dá sentido ao tempo que aqui estamos.
E acho que esta música, em particular, faz-me dar conta que ao contrário do que a sociedade, em geral, pensa sobre envelhecer e o peso que isso vai deixando numa pessoa, o caminho é sempre a subir e não faz qualquer sentido resistir-se a algo que feito com consciência é a melhor coisa que nos pode acontecer. E há sempre a possibilidade de pegar em tudo o que já fomos e nos reinventarmos com outro tipo de sabedoria. É tudo uma questão de optar por evoluir ou não. É sink or swim, autenticamente.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
I'm blown away
ainda.
não tenho forma (e provavelmente nunca terei) de transmitir o que aconteceu no concerto de sábado. também se pensar um bocadinho não é por acaso. há coisas demasiado arrebatadoras, significativas, espirituais até para serem reduzidas a escrito.
naquelas quase três horas a vida não podia ser melhor, mais perfeita, mais palpável. os sorrisos não podiam ser maiores.
emocionalmente, ainda não recuperei.
não tenho forma (e provavelmente nunca terei) de transmitir o que aconteceu no concerto de sábado. também se pensar um bocadinho não é por acaso. há coisas demasiado arrebatadoras, significativas, espirituais até para serem reduzidas a escrito.
naquelas quase três horas a vida não podia ser melhor, mais perfeita, mais palpável. os sorrisos não podiam ser maiores.
emocionalmente, ainda não recuperei.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
safe with me
This is not the sound of a new man or crispy realization
It’s the sound of the unlocking and the lift away.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Lepidoptera
quinta-feira, 4 de junho de 2009
tango india mike echo
Time is never time at all
You can never ever leave without leaving a piece of youth
And our lives are forever changed
We will never be the same
The more you change the less you feel
Believe, believe in me, believe
That life can change, that you're not stuck in vain. (...)
(...)our bodies get bigger
but our hearts get torn up
we're just a million little gods causing rain storms
turning every good thing to rust
i guess we'll just have to adjust.(...)
é.
You can never ever leave without leaving a piece of youth
And our lives are forever changed
We will never be the same
The more you change the less you feel
Believe, believe in me, believe
That life can change, that you're not stuck in vain. (...)
(...)our bodies get bigger
but our hearts get torn up
we're just a million little gods causing rain storms
turning every good thing to rust
i guess we'll just have to adjust.(...)
é.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
our tool
Black then white are all I see in my infancy.
red and yellow then came to be, reaching out to me.
lets me see.
As below, so above and beyond, I imagine
drawn beyond the lines of reason.
Push the envelope. Watch it bend.
Over thinking, over analyzing separates the body from the mind.
Withering my intuition, missing opportunities and I must
Feed my will to feel my moment drawing way outside the lines.
Black then white are all I see in my infancy.
red and yellow then came to be, reaching out to me.
lets me see there is so much more
and beckons me to look through to these infinite possibilities.
As below, so above and beyond, I imagine
drawn outside the lines of reason.
Push the envelope. Watch it bend.
Over thinking, over analyzing separates the body from the mind.
Withering my intuition leaving all these opportunities behind.
Feed my will to feel this moment urging me to cross the line.
Reaching out to embrace the random.
Reaching out to embrace whatever may come.
I embrace my desire to
feel the rhythm, to feel connected
enough to step aside and weep like a widow
to feel inspired, to fathom the power,
to witness the beauty, to bathe in the fountain,
to swing on the spiral
of our divinity and still be a human.
With my feet upon the ground I lose myself
between the sounds and open wide to suck it in,
I feel it move across my skin.
I'm reaching up and reaching out,
I'm reaching for the random or what ever will bewilder me.
And following our will and wind we may just go where no one's been.
We'll ride the spiral to the end and may just go where no one's been.
Spiral out. Keep going, going...
"Tool is exactly what it sounds like: It's a big dick. It's a wrench. It's also what it sounds like: It's a verb, it's a digging factor. It's an active process of searching, as in use us, we are a shovel, we are the match, we're the blotter of acid, your tool; use us as a catalyst in your process of finding out whatever it is you need to find out, or whatever it is you're trying to achieve." - Maynard James Keenan
no fundo e num sentido mais amplo, somos todos ferramentas uns dos outros. e isso faz todo o sentido, enquanto por aqui andamos.
red and yellow then came to be, reaching out to me.
lets me see.
As below, so above and beyond, I imagine
drawn beyond the lines of reason.
Push the envelope. Watch it bend.
Over thinking, over analyzing separates the body from the mind.
Withering my intuition, missing opportunities and I must
Feed my will to feel my moment drawing way outside the lines.
Black then white are all I see in my infancy.
red and yellow then came to be, reaching out to me.
lets me see there is so much more
and beckons me to look through to these infinite possibilities.
As below, so above and beyond, I imagine
drawn outside the lines of reason.
Push the envelope. Watch it bend.
Over thinking, over analyzing separates the body from the mind.
Withering my intuition leaving all these opportunities behind.
Feed my will to feel this moment urging me to cross the line.
Reaching out to embrace the random.
Reaching out to embrace whatever may come.
I embrace my desire to
feel the rhythm, to feel connected
enough to step aside and weep like a widow
to feel inspired, to fathom the power,
to witness the beauty, to bathe in the fountain,
to swing on the spiral
of our divinity and still be a human.
With my feet upon the ground I lose myself
between the sounds and open wide to suck it in,
I feel it move across my skin.
I'm reaching up and reaching out,
I'm reaching for the random or what ever will bewilder me.
And following our will and wind we may just go where no one's been.
We'll ride the spiral to the end and may just go where no one's been.
Spiral out. Keep going, going...
"Tool is exactly what it sounds like: It's a big dick. It's a wrench. It's also what it sounds like: It's a verb, it's a digging factor. It's an active process of searching, as in use us, we are a shovel, we are the match, we're the blotter of acid, your tool; use us as a catalyst in your process of finding out whatever it is you need to find out, or whatever it is you're trying to achieve." - Maynard James Keenan
no fundo e num sentido mais amplo, somos todos ferramentas uns dos outros. e isso faz todo o sentido, enquanto por aqui andamos.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Era a forma como ele lhe estendia a mão a convidar a dela sempre que iam para algum lado. Invariavelmente. Levantava-se, ficava um ou dois passos à frente dela, olhava-a e estendia-lhe a mão. Aqueles cinco, seis segundos em que ela fazia por hesitar, era o ritual deles.
Isto dir-me-ia ela, meses depois. Não havia contacto visual entre nós, eu estava deitada no sofá, com os olhos semi-cerrados, sonolenta e ela estava à janela a fumar. Era Verão, lembro-me. Sempre achei curioso a maneira que encontrava de me dizer que gostava de alguém. Nunca articulava o sentimento. Só nestes momentos é que me dava conta. É que percebia o quanto aquela pessoa que lhe estendia a mão daquela maneira tinha realmente significado.
'Aqueles cinco, seis segundos eram a minha morte'. Eu conseguia sentir o sorriso dela a dizer aquilo, pela voz. Ele sabia que era a forma dela se defender e o quanto ilustrava a importância do que nunca era dito entre os dois. Ele respeitava isso e pedia-lhe sempre permissão para entrar, todas as vezes que repetia aquele gesto.
Eu ouvi-a. Sabia que esta era a primeira e última vez que me falaria dele. Olhei por cima do braço do sofá e vi-a de costas, a acabar o cigarro. O meu silêncio estava cá para ela.
Isto dir-me-ia ela, meses depois. Não havia contacto visual entre nós, eu estava deitada no sofá, com os olhos semi-cerrados, sonolenta e ela estava à janela a fumar. Era Verão, lembro-me. Sempre achei curioso a maneira que encontrava de me dizer que gostava de alguém. Nunca articulava o sentimento. Só nestes momentos é que me dava conta. É que percebia o quanto aquela pessoa que lhe estendia a mão daquela maneira tinha realmente significado.
'Aqueles cinco, seis segundos eram a minha morte'. Eu conseguia sentir o sorriso dela a dizer aquilo, pela voz. Ele sabia que era a forma dela se defender e o quanto ilustrava a importância do que nunca era dito entre os dois. Ele respeitava isso e pedia-lhe sempre permissão para entrar, todas as vezes que repetia aquele gesto.
Eu ouvi-a. Sabia que esta era a primeira e última vez que me falaria dele. Olhei por cima do braço do sofá e vi-a de costas, a acabar o cigarro. O meu silêncio estava cá para ela.
sábado, 17 de janeiro de 2009
As Palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade
Era tão mas tão grande, o Eugénio.
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade
Era tão mas tão grande, o Eugénio.
all-singing, all-dancing crap of the world
Narrator: When people think you're dying, they really, really listen to you, instead of just...
Marla Singer: ... instead of just waiting for their turn to speak?
Marla Singer: ... instead of just waiting for their turn to speak?
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